outubro 19, 2009

Doenças do Beijo "Não Fiquem com elas "

A gengivite, por exemplo, é uma infecção bacteriana que teve sua incidência aumentada nos últimos anos, provavelmente em decorrência do hábito de "ficar". De acordo com um estudo publicado em fevereiro de 2006 no British Medical Journal, beijar na boca várias pessoas aumenta em quatro vezes o risco de adolescentes contraírem meningite, uma infecção cerebral potencialmente fatal. Já a bactéria causadora da temida cárie dental, streptococcus mutans, também pode ser transmitida pelo beijo na boca

Além das bactérias, o beijo também pode transmitir vírus causadores de doenças. Uma dessas doenças, a mononucleose, recebeu como nome popular "doença do beijo". Mononucleose é causada pelo vírus Epstein-Barr (VEB) e, depois de um período de incubação de 30 a 45 dias, a pessoa pode permanecer com vírus para sempre no organismo. Mononocleose pode ser uma doença assintomática, ou apresentar sintomas que incluem: fadiga, dor de garganta, tosse, inchaço dos gânglios, perda de apetite, inflamação do fígado e hipertrofia do baço. Outra doença por vírus mais conhecida, e também transmitida pelo beijo, é o herpes labial. Essa doença é provocada pelo vírus herpes simplex e pode causar bolhas e feridas nos lábios e pele ao redor da boca.

As temidas doenças sexualmente transmissíveis (DST) também podem ser contraídas pelo beijo. O Departamento de Saúde dos EUA considera que pode haver risco, apesar de muito pequeno, de transmissão do vírus HIV, causador da doenças da AIDS, através do beijo da boca ( http://www.cdc.gov/hiv/resources/qa/qa17.htm ) caso existam feridas ou sangramento na boca. O risco de transmissão do HIV através do beijo na boca teoricamente é maior em pessoas com body-piercing na língua ou lábios. Um beijo mais ardente poderia provocar sangramento na região do body-piercing, havendo o risco de infecção dovírus HIV se o sangue entrar em contato com uma lesão bucal ou corte. Outras DST também transmissíveis pelo beijo incluem sífilis e gonorréia.

Aids

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nada de beijar o primeiro ou primeira que aparecer. "Não é uma questão de simplesmente não beijar mais, mas sim de, sabendo que a possibilidade de contaminação e de contagio existe, que é preciso cautela e é melhor conhecer mais a pessoa em que se está interessado", sugere Delgado.

Outro fator que merece muita atenção é o sexo oral onde também se pode transmitir a doença. "Qualquer contato da boca com secreção sexual, ou líquido vaginal, esperma ou aquele líquido que vem antes do esperma, pode transmitir o vírus, pois essas secreções são contaminadas com HIV, no caso da pessoa ter a doença", alerta o dentista. A saída é sexo oral com preservativo.

Além de muito discernimento e o uso de camisinha, as visitas ao dentista são essenciais, isso porque os primeiros sinais clínicos de infecção por AIDS aparecem na boca. "Vale lembrar que a doença diagnosticada no início é melhor controlada", ressalta.

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Algumas perguntas e respostas

O que quer dizer "soroconversão"?

Este ponto é muito importante. Uma pessoa pode estar com o vírus e apresentar um teste negativo. Por quê? O teste sempre mostra os anticorpos reagindo ao vírus, e não o vírus propriamente. Se o organismo não teve tempo de fabricar estes anticorpos, não vai aparecer nada no teste. O período de fabricação de anticorpos suficientes para serem detectados no teste é de aproximadamente 3 meses (para a maioria das pessoas). Isto é "soroconversão".

A partir de que momento passamos do estágio de "soropositivos" para a doença AIDS?

Após um período que dura geralmente muitos anos. Os vírus que "dominam" nas células acordam e destroem progressivamente o sistema de defesa do organismo. O debilitamento das defesas imunológicas acarreta a aparição de alguns dos sintomas já mencionados.

Ser "soropositivo" significa que vamos obrigatoriamente desenvolver a AIDS?

A evolução da infecção pelo HIV não é a mesma para todos. Alguns indivíduos são "soropositivos" há muitos anos e continuam aparentemente bem.
Na maioria dos casos, a doença AIDS só aparece num período de 8 a 10 anos.