fevereiro 27, 2009

INSS x Operação Espantalho no Sul baiano

Operação Espantalho: vice-prefeito é suspeito



A Delegacia de Policia Federal em Porto Seguro, a 700 quilômetros de Salvador, deflagrou na manhã desta quarta-feira (4), a Operação Espantalho nas cidades de Alcobaça e Caravelas, no extremo sul da Bahia. Segundo a polícia, a ação pretende combater fraudes previdenciárias praticadas contra o INSS.

Após representação formulada pela PF, foram expedidos pela Justiça Federal em Eunápolis, em desfavor dos envolvidos no esquema criminoso, quatro mandados de prisão e sete mandados de busca e apreensão.

As investigações duraram cerca de nove meses e desnudaram a presença de organização criminosa voltada para a obtenção fraudulenta de benefícios de natureza previdenciária por meio do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alcobaça na Bahia.

Nome de gato é incluído no Bolsa Família
Vice-prefeito responde por receber bolsa-família

De acordo com a polícia, a fraude consiste na falsificação de documentos para a comprovação de vínculos contratuais e exercício de atividade rural inexistente, através da produção de contratos de arrendamento, parceria e comodato rural forjados, além de notas de vendas de produtos agrícolas e comprovantes de cadastro no Incra ideologicamente falsos.

Ainda segundo a pólícia, os documentos eram apresentados ao INSS quando da solicitação de aposentadoria por exercício de atividade rural, por pessoas aliciadas pelos integrantes do esquema criminoso, as quais, em muitos casos, declaravam-se trabalhadores rurais mesmo não tendo exercido qualquer atividade no campo.

Em levantamento preliminar, verificou-se que há pelo menos 500 benefícios com suspeitas de irregularidade na documentação que originou os pedidos administrativos, num prejuízo mensal estimado em mais de R$ 200 mil aos cofres do INSS.

Entre os envolvidos se encontram o vice-prefeito do município de Alcobaça na Bahia, bem como dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alcobaça na Bahia, entre os quais um ex-vereador, além de possíveis servidores públicos federais, cooptados pela organização criminosa, cuja participação será aprofundada no decorrer das investigações.
 
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